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Luz, História e Fraternidade: 20 de agosto, o Dia do Maçom no Brasil

  • Foto do escritor: Mário Alves.'.
    Mário Alves.'.
  • 20 de ago.
  • 3 min de leitura

No calendário do Maçom brasileiro, o dia 20 de agosto ocupa lugar de destaque. Pois é comemorado o “Dia do Maçom”, sendo mais do que uma simples comemoração ou uma data vazia. Trata-se de um marco simbólico que resgata a participação da Maçonaria em um dos momentos mais decisivos da história nacional, que foi o processo de independência. A escolha da data não é aleatória.

Ela remete a uma reunião ocorrida em 20 de agosto de 1822, quando o Maçom e jornalista Joaquim Gonçalves Ledo teria se pronunciado com veemência em favor da separação política do Brasil em relação a Portugal. Seu discurso, carregado de ideais iluministas e de defesa da soberania nacional, junto de um conjunto de revoltas e insurgências, teria exercido influência direta sobre a postura de Dom Pedro I, que, semanas depois, proclama o simbólico “Grito do Ipiranga”.

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Esse momento simbólico transcende a mera marcação de uma data no calendário. Ele se inscreve na memória coletiva como a reafirmação do compromisso maçônico com três dos mais nobres alicerces da humanidade, “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Esses princípios, herdados de uma longa tradição filosófica e histórica, foram lapidados ao longo dos séculos como fundamentos indispensáveis para a construção de uma sociedade justa e solidária. A Liberdade simboliza a capacidade de pensar e agir sem opressões, preservando a dignidade e a autonomia do indivíduo. A Igualdade recorda que, apesar das diferenças que nos distinguem, todos merecemos as mesmas oportunidades e direitos. A Fraternidade, por sua vez, traduz o dever moral de cuidar do próximo, reconhecendo nele um irmão de destino e humanidade.


Apesar de marcas históricas da Maçonaria no Brasil, e de muitos notáveis Maçons terem sido pessoas públicas, como Joaquim Gonçalves Ledo (Jornalista), José Bonifácio (Ex-ministro e patrono da Independência), Deodoro da Fonseca (primeiro presidente do Brasil), Ruí Barbosa (Fundador da Academia Brasileira de Letras), Luiz Gonzaga (Músico, Cantor e Compositor), entre muitos outros. Existe uma desinformação do que é Maçonaria. Que conceitualmente pode ser descrita como uma Instituição de Ensino filosófico, ética e moral, que tem seu conhecimento repassado por símbolos e alegorias relacionada a construção.


Sendo assim, a Maçonaria não é uma religião, embora exija de seus membros a crença em um “Princípio Criador”, entendido como a causa primeira e suprema do universo. Essa exigência não implica adoção de dogmas ou pertencimento a determinada fé, mas sim o reconhecimento de que a espiritualidade e a moralidade são fundamentos essenciais para a elevação do ser humano. Tampouco é doutrinária, pois não impõe um conjunto rígido de crenças, ideologias ou interpretações sobre a vida e o mundo. Pelo contrário, a Maçonaria valoriza a liberdade de pensamento e o respeito à diversidade de opiniões, incentivando cada membro a buscar o conhecimento e o aperfeiçoamento de forma autônoma e responsável.


Atualmente, no Brasil, existem três Potências Maçônicas, que são organizações estruturadas de forma independente entre si, mas reconhecidas por

outras instituições maçônicas internacionais. A mais antiga em funcionamento é o Grande Oriente do Brasil (GOB), que coordena os Grandes Orientes Estaduais Federados. Em seguida, há as Grandes Lojas Estaduais, presentes nos 26 estados e no Distrito Federal, totalizando 27 unidades reunidas na Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB). Por fim, existem os Grandes Orientes Independentes, também de caráter estadual, presentes em 22 estados e associados à Confederação Maçônica do Brasil (COMAB).

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Cabe destacar que a regularidade e o reconhecimento entre essas obediências são fundamentais para a legitimidade maçônica. Sem esse respaldo mútuo e sem o alinhamento às tradições e princípios da Maçonaria moderna, uma organização pode ser considerada irregular ou mesmo espúria, não sendo reconhecida pelas Potências legítimas nem pelas instituições maçônicas internacionais.


Entretanto, mais do que memórias históricas, a Maçonaria se define pela ação cotidiana: é filantrópica, oferece amparo fraterno, o amor entre irmãos, e busca incessantemente a verdade. No Dia do Maçom, celebramos tudo isso e mais: a vocação da Maçonaria para fomentar educação, solidariedade e progresso, não como um partido político, mas como um agente cultural e moral de transformação.


No Vale do Piancó, três municípios possuem Lojas Maçônicas: Piancó, Itaporanga e Conceição. Entre elas, destaca-se a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cinco de Julho nº 40, situada na cidade de Conceição – PB, em funcionamento desde 1999. A referida Loja é jurisdicionada à Grande Loja do

Estado da Paraíba (https://www.grandelojapb.org/sobre/index), pertencente à Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), e conta com associados provenientes dos municípios de Conceição, Ibiara, Santa Inês e Santana de Mangueira.

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Em últimas linhas, deixa-se a reflexão para que as práticas sociais alicerçadas pela Maçonaria não se pautem por uma elegância vazia, mas por uma visão permanente de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, entrelaçadas com amor fraternal, amparo mútuo e honestidade intelectual. Que este dia sirva de inspiração não apenas para rememorar, mas para promover ações concretas que reflitam e perpetuem esses valores no cotidiano

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