
Klebson Dantas
há 6 dias
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DE IBIARA
E lá vamos nós, mais uma vez, o grande espetáculo da democracia brasileira: a eleição para a presidência da Câmara e do Senado. Mas, convenhamos, é um ato tão previsível “que até quem não sabe de nada, já sabia quem ia ganhar” antes mesmo de contarem os votos. O Congresso, que devia ser a casa do "POVO", segue firme e forte como um seleto clube de amigos com "benefícios" (e que benefícios, viu?), escrevendo mais um capítulo da novela chamada "Política Brasileira: acredite se poder, as coisas vão melhorar".
O dia começou com aquele clima de "faz de conta que é sério". Os engravatados chegaram pomposos, mais enfeitados que "Burro de Cigano" ou "Bicicleta de Matuto", mas a gente sabe que ali é tudo teatro. Um verdadeiro baile dos bacanas, onde o que vale não é a ideologia em fortes discursos, mas sim o acerto feito debaixo do pano. E, olha, pano era o que não faltava. "Porque tinha tecido, que dava para vestir um mundo e meio e sobrava pano".
Os candidatos da vez, dito situação, todos trabalhados no sorriso de comercial de pasta de dente, já chegou com aquele "jeitão" de "eu sou a solução". Já os dito oposição (que mão marca posição), coitados, nem disfarçavam o conformismo. Estavam ali mais para cumprir tabela do que para disputar de verdade. E o povo? Ah, o povo, aquele que deveria ser o patrão dessa turma, assistia, sem nenhuma participação, torcendo para sobrar pelo menos um farelo desse banquete político. Mas como diz o ditado: "em time que está ganhando, não se mexe". E o time da vez garantiu mais uma vitória, com direito a aclamação e tapinha nas costas.
Agora, me diga: esses "caras" não cansam de repetir "interesse público" e "bem comum"? Porque, pelo andar da carruagem, o único interesse que está no “rolê” é o deles mesmos. E o bem comum? Ah, esse está mais perdido que “Uber sem GPS”. Enquanto isso, a população segue na luta, pagando caro por serviços de qualidade duvidosa. Não se deve ter nada contra o serviço público, pelo contrário, ele é essencial e deve ser defendido como direito inquestionável. Mas precisa ser mais eficiente e transparente, senão continua parecendo aquele negócio "Caracu": os políticos entram com a "cara" e o povo já sabe com o quê, né?
Mas sejamos justos, se tem uma coisa que essa eleição proporcionou foi entretenimento. Deputado falando tanto em "transparência" que parecia vidro, aquele com "fumê" 100% que filtra bem a luz, e deixa você com baixa visibilidade. Senador prometendo "mudança" há tanto tempo que já devia ter virado estátua. Mas, o preocupante é ouvir o povo, o povo dizer a politica é assim mesmo, fazer o quê? No máximo, ri para não chorar.
No fim das contas, a eleição da Câmara e do Senado foi mais uma prova de que, no Brasil, a política é igual a “baião: dois passos para frente, três para trás, e no fim, todo mundo fica rodando no mesmo lugar”. E povo do lado de fora, torcendo para que um dia essa música mude. Até lá, seguimos na esperança, porque se depender deles, estamos mais "lascados que casa de pobre em fim de mês".
E assim segue o baile, minha gente. Com um pé no "chão de barro e outro na esperança” de que, um dia, a política seja feita de verdade para o povo, e não para meia dúzia de privilegiados das imortais oligarquias. Até lá, só nos resta seguir na fé e na coragem. Porque viver no Brasil é isso: um constante ato de resistência e esperança.
Divulgue aqui a sua marca!
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